Principais Doenças - Angiologia
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Aneurisma de Aorta Abdominal

Aneurisma de Aorta Abdominal

O que é:
Dilatação anormal e permanente de um determinado segmento das artérias.

Como se desenvolve:
É o enfraquecimento da parede arterial, congênito, como no caso de alguns aneurismas intracranianos, ou secundário a certas doenças – inflamações, infecções, traumatismos ou degeneração, sem dúvida a mais frequente, causada pela aterosclerose, patologia de elevada incidência na população.

Quais são os sintomas:
Em princípio, qualquer artéria pode ser acometida, mas é a aorta abdominal, especialmente em seu segmento abaixo das artérias renal, a mais frequentemente envolvida pelo aneurisma. Um vez enfraquecida a parede arterial, ela cede à constante pressão pulsátil do sangue em seu interior e, se dilata. A partir daí e, de acordo com conceitos de leis físicas, essa dilatação aumenta cada vez mais, progredindo inoxeravelmente para a rotura da artéria, situação sempre de extrema gravidade, que pode culminar com o óbito do paciente, às vezes até mesmo antes que ele consiga alcançar recursos médicos

Como se faz o diagnóstico:
Normalmente o aneurisma da aorta abdominal é detectado ao exame clínico de rotina quando tem em torno de 5cm de diâmetro. O Rx simples de abdômen em perfil pode mostrar a calcificação da parede aneurismática, delineando o aneurisma em seus limites. A ecografia abdominal, em virtude de sua inocuidade, baixo custo e resolutividade, tem sido o exame mais usado para o diagnóstico. A ecografia é usada para o seguimento dos aneurismas, naqueles casos não operados. A tomografia computadorizada proporciona imagens mais precisas que a ecografia, dando informações mais completas em relação aos limites, tamanho e localização do aneurisma. A arteriografia também pode ser utilizada, porém não é um exame indispensável para todos os casos de aneurisma. Em alguns casos é um exame necessário para programação da cirurgia. No entanto não serve como exame de rotina; pode falhar na delimitação do aneurisma e até mesmo no diagnóstico. A ressonância magnética proporciona uma ótima imagem para o diagnóstico do aneurisma, porém é um exame caro e presente em poucos centros médicos.

Como se trata:
Os aneurismas da aorta abdominal, quando não operados, podem apresentar complicações como a trombose aguda, embolia arterial, corrosão de corpo vertebral e compressão de estruturas vizinhas. Porém, a complicação mais frequente e temida dos aneurismas é a ruptura. Em virtude basicamente da rotura, é indicada a cirurgia do aneurisma. Os aneurismas, em processo de rotura eu expansão rápida, são sintomáticos e tem indicação cirúrgica indiscutível. Os aneurismas assintomáticos têm indicação cirúrgica eletiva e obedece a alguns critérios, como o risco de ruptura, risco da cirurgia e expectativa de vida do paciente. O risco de ruptura é basicamente relacionado ao diâmetro do aneurisma. Os aneurismas com dimensões maiores têm um risco mais elevado de rompimento. A cirurgia consiste na retirada do aneurisma, com restabelecimento do fluxo arterial com uso de prótese (cirurgia convencional), e mais recentemente através da terapia endovascular, onde esses aneurismas são tratados por uma técnica minimamente invasiva, com a colocação de uma endoprótese internamente ao aneurisma.

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Doença Arterial Obstrutiva Periférica (DAOP)

Doença Arterial Obstrutiva Periférica (DAOP)
A doença arterial periférica é uma situação que ocorre em virtude do estreitamento ou obstrução dos vasos sanguíneos arteriais, responsáveis por levar o sangue para nutrir as extremidades como braços e pernas, sendo mais comum o acometimento nos membros inferiores do que nos superiores.

Apresenta uma prevalência de 10 a 25% na população acima de 55 anos, sendo que aumenta com a idade.  Cerca de 70 a 80% dos pacientes acometidos são assintomáticos, ou seja, não apresentam qualquer queixa ligada a doença de base. Este fato pode retardar ou dificultar o diagnóstico precoce, um ponto fundamental para o início do tratamento o mais breve possível, tratamento este que melhora as chances de uma evolução positiva da doença. É mais frequente nos homens, mas também pode acometer as mulheres.


A causa mais comum desta doença é a aterosclerose, fenômeno em que ocorre o acúmulo de placas de ateroma (gordura, proteínas, cálcio e células da inflamação) na parede dos vasos sanguíneos, sendo estas que causam os estreitamentos e obstruções, levando a dificuldade da progressão do sangue, oxigênio e nutrientes para os tecidos dos membros  como músculos, nervos, ossos e pele.

Os principais fatores de risco associados a esta condição são:

Colesterol elevado
Diabetes
Doença cardíaca (doença arterial coronária)
Pressão arterial alta (hipertensão arterial sistêmica)
Doença renal que envolve hemodiálise
Fumo
Derrame (doença cerebrovascular)
Histórico familiar
Sedentarismo
Obesidade
Avanço da idade
O estreitamento ou obstrução dos vasos sanguíneos ocasiona redução no fluxo sanguíneo, o que pode lesar nervos, músculos e outros tecidos a médio e longo prazo.

Os membros inferiores (pés e pernas) são a localização mais comum de manifestação da doença arterial obstrutiva em questão.

É importante ter em mente o fato da associação entre doença arterial obstrutiva periférica com doença arterial coronariana, ou seja, as pessoas que apresentam placas de ateroma nas artérias das pernas, tem alta probabilidade de apresentar placas de ateroma nas artérias que nutrem o coração, as artérias coronárias. Podemos dizer que a presença de placas de ateroma nas artérias de perna são consideradas um ‘marcador ‘’ de doença coronariana e que o tratamento deve focar no controle não apenas da parte das artérias da perna, mas também das artérias do coração e de outras artérias do corpo humano.

Os principal sintoma é a dificuldade para caminhar manifestando dor no pé e, panturrilha (batata da perna),  eventualmente na coxa e glúteo (nádega) do membro acometido, e que cessa depois de alguns minutos de repouso (este sintoma é chamado de claudicação intermitente).

Nos casos mais avançados pode ocorrer impotência sexual(disfunção erétil), dor nas pernas mesmo quando em repouso, redução da temperatura das pernas, formigamentos e eventualmente aparecimento de feridas ou gangrena nos pés pela condição de extrema falta de circulação.

Outros sinais e sintomas que podem aparecer ao longo da história da doença são:

Menor pressão arterial quando mensurada no membro acometido pela doença em comparação ao sadio.
Escassez de pelos nas pernas ou pés.
Pulsações diminuídas ou ausentes das artérias no membro acometido.
Músculos da panturrilha com hipotrofia (menos desenvolvidos).
Úlceras (feridas) dolorosas nos pés ou dedos dos pés (geralmente escurecidas, com aspecto de tecidos desvitalizados).
Palidez da pele ou cor azulada/arroxeada nos dedos ou nos pés (cianose)
Unhas dos dedos dos pés quebradiças.
Em alguns casos a doença pode ter um agravamento agudo (rápido) caracterizado por dor intensa, de início súbito, associado à frialdade do membro (diminuição de temperatura), dificuldade de movimentação e parestesias (formigamentos) caracterizando assim um quadro chamado de obstrução arterial aguda que deve ser tratado imediatamente na tentativa de se evitar uma amputação.

A suspeita diagnóstica da doença arterial periférica pode ser feita pelo médico generalista, mas a avaliação de um Cirurgião Vascular é fundamental na confirmação do diagnóstico e na tomada de decisões para o tratamento adequado.

O médico irá verificar os fatores de risco individuais e a história familiar, perguntando se existe história pessoal ou familiar de doença cardíaca, colesterol elevado, diabetes, doença renal, pressão arterial elevada ou algum outro problema circulatório. Durante o exame físico, o médico poderá palpar o pulso na parte superior da perna (junto à virilha), no lado de dentro do tornozelo, na parte de cima do pé e na face posterior do joelho.

A história da doença e o exame clínico especializado, realizados pelo médico, são suficientes para o diagnóstico de certeza, mas em alguns casos são necessários alguns exames complementares para auxiliar na decisão sobre o tratamento.

O ultrassom com Doppler auxilia no diagnóstico dando informações, principalmente sobre as características da passagem de sangue nos diferentes territórios vasculares que são estudados. É um exame não invasivo, ou seja, não utiliza radiação e não provoca dor, e que ajuda a dar respostas iniciais sobre a doença.

A angiotomografia, angiorressonância magnética e a angiografia (o cateterismo direto de uma artéria) e injeção de contraste sob visão de Raios X (fluoroscopia) são exames utilizados, em geral, para planejamento cirúrgico quando houver indicação para o tratamento invasivo.

A maioria dos casos é tratada com orientações quanto à atividade física e mudança de hábitos de vida como: cessação do tabagismo, mudança de hábitos alimentares, controle adequado da pressão arterial, controle dos níveis sanguíneos de colesterol e triglicérides e, quando presente também, rigoroso controle do diabetes.

Os casos mais graves exigem intervenção cirúrgica aberta ou por técnica Endovascular (tipo cateterismo). Isto permitirá uma melhora rápida do fluxo sanguíneo na tentativa de aliviar dor nas pernas ao caminhar quando esta limita substancialmente as atividades diárias (claudicação incapacitante); ou a dor mesmo em repouso na perna (indicando uma falta de circulação crítica) ou lesões isquêmicas como úlceras ou mesmo a morte de parte do membro (necrose) indicando que a circulação não consegue sequer suprir as necessidades mínimas desta perna, com grande chance de amputação do membro se nada for feito.

As principais intervenções indicadas são:

Cateterismo das artérias para realização de Angioplastias com ou sem a utilização de stents (desobstrução com cateteres e balões e malhas metálicas cilíndricas para manter os vasos abertos após a desobstrução).
Revascularizações cirúrgicas com pontes (bypass) utilizando a própria veia safena do paciente, oque costuma ser a melhor opção, ou próteses vasculares sintéticas.
Endarterectomias: retirada cirúrgica das placas que obstruem os vasos liberando o fluxo para as extremidades dos membros.
A terapia gênica ou com células tronco ainda encontra-se em estudo e não esta totalmente consolidada para o tratamento desta doença, mas resultados iniciais promissores nos estudos em animais demonstram perspectivas futuras a longo prazo.
As amputações de extremidades são reservadas para os casos de gangrena extensa (morte dos tecidos) que tornam o membro disfuncional ou dor intratável, quando se esgotaram as possibilidades terapêuticas de tentar restabelecer o fluxo de sangue arterial do membro.


As principais medidas preventivas são:

A doença arterial periférica quando presente pode ser considerada como um sinal da doença vascular coronariana (marcador de presença da aterosclerose nas artérias do coração) . Assim o coração e as artérias carótidas devem também ser examinadas em pacientes com doença arterial periférica.
Controle adequado da pressão arterial.
Não fumar.
Controle rigoroso do diabetes quando presente.
Realizar exames periódicos dos níveis sanguíneos de colesterol e triglicérides.
Atividades físicas regulares- caminhadas regulares ajudam a controlar melhor os outros fatores de risco citados e estimula a circulação arterial das pernas.
Alimentação saudável rica em frutas, verduras e leguminosas.
Prognóstico

Na maioria dos casos diagnosticados de pacientes com uma doença arterial periférica, os sintomas das pernas permanecem estáveis ou melhoram. Cerca de 15 a 20% dos doentes podem piorar e necessitarem de medidas de tratamento mais invasivas como as intervenções cirúrgicas. O resultado é melhor nas pessoas que são capazes de continuar sem fumar, de ingerir uma dieta saudável, de manter o seu colesterol sob controle, controlar a pressão arterial e os níveis de açúcar  e de praticar exercício físico regularmente.

“Naturalmente, cada indivíduo ao desenvolver a doença arterial obstrutiva periférica, carrega consigo características pessoais com inúmeras possibilidades de apresentação clínica, alterações anatômicas e diferentes doenças associadas. Logo, a decisão de qual ou quais as adequadas modalidades/técnicas de tratamento a serem adotadas, após avaliação de suas vantagens e desvantagens, deve ser estabelecida pelo médico que assiste o paciente.”

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Erisipela

Erisipela

O que é:
É um processo infeccioso do derma (camada da pela), causado pelo estreptococo (espécie de bactéria), e que agride os vasos linfáticos. É também conhecido pelos seguintes nomes: espira, mal-de-praia, mal-de-monte, maldita, febre-de-santo-antonio.

Como se desenvolve:
A partir da lesão causada por fungos (frieira) entre os dedos dos pés, arranhões na pele, bolhas nos pés produzidos por calçado, corte de calos ou cutículas, coçadura de picada de inseto, pacientes com insuficiência venosa crônica ou com diminuição do número de linfáticos, tem uma predisposição maior de adquirir a doença, como é o caso de pacientes submetidas a mastectomia, portadoras de linfedema.

Quais são os sintomas:
Os primeiros sintomas podem ser aqueles comuns a qualquer infecção: calafrios, febre alta, cefaleia, mal-estar, náuseas e vômitos. As alterações da pele podem se apresentar rapidamente e variam desde um simples vermelhidão, dor e inchaço até a formação de bolhas e feridas por necrose da pele. A localização mais frequente é o nos membros inferiores, na região acima dos tornozelos, mas pode ocorrer em outras regiões como face e tronco. No início a pele se apresenta lisa, brilhosa, vermelha e quente. Com a progressão da infecção, o inchaço aumenta, surgem as bolhas de conteúdo amarelado ou achocolatado e, por fim, a necrose da pele. É comum o paciente queixar-se de íngua.

Como é feito o diagnóstico:
É feito apenas pelo exame clínico, analisando os sintomas apresentados pelo pacientes. Não há necessidade de nenhum exame de sangue ou de outro exame especial da circulação, a não ser para acompanhar a evolução do paciente.

Como tratar e prevenir:
O tratamento consta de várias medidas realizadas ao mesmo tempo e só deve ser administrado pelo médico: • uso de antibióticos específicos para eliminar a bactéria causadora; • redução do inchaço, fazendo repouso absoluto com as pernas elevadas, principalmente na fase inicial. Pode ser necessário o enfaixamento da perna para diminuir o edema mais rapidamente; • fechamento da porta de entrada da bactéria, tratando as lesões de pele e as frieiras; • limpeza adequada da pele, eliminando o ambiente adequado para o crescimento das bactérias; • uso de medicação de apoio, como anti-inflamatórios, antifebris, analgésicos e outras que atuam na circulação linfática e venosa; As crises repetidas de erisipela podem ser evitadas através de cuidados higiênicos locais, mantendo os espaços entre os dedos sempre bem limpos e secos, tratando adequadamente as frieiras, evitando e tratando os ferimentos das pernas e tentando manter as pernas desinchadas. Deve-se evitar engordar, bem como permanecer muito tempo parado, em pé ou sentado. O uso constante de meia elástica é uma grande arma no combate ao inchaço, bem como fazer repouso com as pernas elevadas sempre que possível. Procurar um especialista quando apresentar qualquer dos sintomas iniciais da doença, relatados anteriormente.
 

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Pé Diabético

Pé Diabético

Introdução
A despeito dos avanços na medicina, a literatura médica continua registrando elevadas taxas de amputações em membros inferiores em portadores de diabetes mellitus. Estas amputações são decorrentes de complicações dos nervos (neuropatia) e/ou da circulação (isquemia) e/ou infecção, denominada genericamente de “Pé Diabético”.
A Sociedade Brasileira de Angiologia e Cirurgia Vascular, Regional da Bahia, consciente desta incômoda situação e por entender que grande parte destas amputações podem se dar por causa da falta de conhecimento sobre o assunto, resolveu escrever algumas considerações.

O que é pé diabético:
O Consenso Internacional sobre Pé Diabético (International World Group of Diabetic Foot – IWGDF, 1999) define o pé diabético como: “Infecção, ulceração e/ou destruição de tecidos profundos associadas a anormalidades neurológicas e vários graus de doença vascular periférica no membro inferior”, portanto, devemos entender que o pé do indivíduo portador de diabetes melito pode apresentar alterações relacionadas aos nervos e circulação, que pode ser agravada pela presença de feridas principalmente se ocorrer infecção. É importante entender que estas alterações podem se apresentar em intensidade variada, ou seja, desde situações mais simples até as mais graves. Deve-se evitar o entendimento habitual de que o pé diabético se resume apenas aos casos mais graves, como, gangrenas, necroses, abscessos, etc., porque se entendermos assim os estágios iniciais das complicações não serão incluídos na assistência, principalmente as fases iniciais de risco para o desenvolvimento de uma úlcera/ferida, quando as medidas preventivas são fundamentais.

Qual o tratamento do pé diabético:
Todos os diabéticos devem seguir as instruções de cuidados com os pés (veja abaixo na parte de Prevenção).
Todos os diabéticos devem ter seus pés examinados para saber em que situação se encontra no momento e daí se definir as formas mais adequadas de tratamento e /ou prevenção.
O tratamento propriamente dito depende da alteração que o indivíduo apresenta.
Por exemplo:
Em um diabético com boa condição circulatória:
– Se apresenta apenas diminuição da sensibilidade nos pés deve ter todos os cuidados básicos e mais calçados apropriados que acomodem bem seus pés sem traumatizá-los.
–  Se apresenta deformidades além da diminuição da sensibilidade nos pés deve ter todos os cuidados básicos e mais calçados/ palmilhas moldadas à deformidades de seus pés.
–  Se apresenta sinais de infecção deve procurar de imediato seu médico ou um pronto socorro, pois, precisará usar antibióticos e poderá ser necessário uma operação, na qual deve ser retirado todo tecido destruído pela infecção e curativos adequados.
Entretanto em um diabético com problemas de circulação:
– Se não apresenta feridas ou dor em repouso pode ser tratado com medicações específicas, suspensão definitiva do fumo, exercícios tipo caminhadas e controles gerais de colesterol, triglicérides, glicemia, etc.
– Se apresenta feridas, gangrenas ou dor em repouso deve ser avaliado de imediato por um angiologista/ cirurgião vascular para ser definido o tratamento mais adequado para melhorar a circulação. Em alguns casos mesmo com a operação para melhorar a circulação, às vezes pode ser necessária uma amputação em dedos, pé podendo também atingir o nível da perna ou coxa.

Por que há necessidade do diabético ter cuidados preventivos com os pés:
A prevenção se faz importante e necessária na medida em que as considerações feitas apontam no sentido de que pequenas alterações nos pés podem evoluir e chegar a situações mais graves.
Por outro lado, a literatura médica demonstra que a identificação precoce das alterações dos pés dos diabéticos e a aplicação de classificações de risco permitem a adoção de oportunas medidas terapêuticas e preventivas que resultam em redução na taxa de ulceração e conseqüentemente das temidas amputações.
Esta identificação precoce das alterações pode ser feita por meio de exame clínico adequado com auxilio de exames auxiliares de maior ou menor complexidade, de modo que é necessário antes de qualquer medida que o diabético tenha seus pés examinados e classificados para que se possam adotar as medidas preventivas ou de tratamento propriamente dito como foi dito acima.

Como é feita a prevenção:

A palavra prevenção encerra mais que esta lista de instruções

Examine, todos os dias, os seus pés. Verifique se existem bolhas, calos, úlceras, micose entre os dedos ou infecções. Examine seus pés pela manhã ao acordar, e à noite, ao deitar. Use um espelho para “olhar” as solas dos pés ou peça a ajuda de um parente, amigo ou vizinho;
É necessário secar bem os pés, cortar e cuidar periodicamente das unhas;
Andar é o melhor exercício para a circulação. Ande pausadamente e de forma regular. Mesmo que sejam apenas alguns metros por dia. Entretanto, no caso de feridas ou lesões, pode ser o repouso necessário. Consulte seu médico;
Abandone o hábito de fumar, para preservar a sua circulação;
Nos dias frios, proteja os pés usando meias de lã ou algodão, bem folgadas. Nunca use nada que aperte seus pés e possa prejudicar o fluxo sangüíneo;
É recomendável fazer um exame diário dos sapatos, evitando pregos ou corpos estranhos soltos no interior deles;
Nunca confie em sua sensibilidade térmica (de temperatura) ou dolorosa (de dor). Evite os excessos de calor e frio. O fato de você sentir que seu pé está “frio” não significa que este esteja. Nunca aplique saco de água quente nos pés;
Nunca use remédios ou produtos químicos nos pés sem consultar o especialista. Devido ao diabetes, produtos corriqueiros podem ser danosos para a sua pele.
É importante que você visite seu médico com regularidade, mesmo que pense que está tudo bem. Procure saber o endereço e os telefones de seu médico, bem como os de seus assistentes. Se não encontrá-lo, procure um pronto-socorro.

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Trombose Venosa Profunda (TVP)

Trombose Venosa Profunda (TVP)

O que é:
É o desenvolvimento de um “coágulo  de sangue” dentro de um vaso sanguíneo venoso, sendo as veias dos membros inferiores as mais atingidas. A TVP é também a responsável pela embolia pulmonar.

Como se desenvolve:

Hipercoagulidade: situação em que há um desequilíbrio em favor dos fatores procoagulantes. Isto pode ocorrer durante a gravidez, nas cinco primeiras semanas do pós-parto, uso de anticoncepcionais orais, hormonioterapia trombofília (deficiência congênita dos fatores da coagulação), etc.
Traumatismo da veia: qualquer fator que provoque lesão na fina e lisa camada interna da veia, tais como: trauma, introdução de medicação venosa, cateterismo, trombose anterior, infecções, etc.
Estase venosa: é a estagnação do sangue dentro da veia. Ocorre durante a inatividade  prolongada, tal como permanecer sentado por longo período de tempo (viagens de avião ou automóvel), pessoas acamadas, cirurgias prolongadas, dificuldade de deambulação, etc.
Embora possa acometer casos de qualquer segmento do organismo, a TVP acomete principalmente as extremidades inferiores (coxas e pernas).
Algumas pessoas estão sob risco de desenvolver TVP, quais sejam: história de TVP anterior ou embolia pulmonar, varizes, paralisia, anestesia geral, raquideana prolongadas, cirurgias ortopédicas, fraturas, obesidade, quimioterapia, imobilização prolongada (síndrome da classe econômica), uso de anticoncepcionais, gravidez, queimaduras, entre outros.

Quais são os sintomas:
Embora alguns pacientes possam apresentar-se assintomáticamente, os sintomas mais comuns são: dor, inchaço, endurecimento do membro acometido, aumento de temperatura cutânea no local da trombose, e em alguns casos, coloração azulada na(s) perna(s). Nessas situações, a pessoa deve procurar imediatamente o especialista.

Como se faz o diagnóstico:
O médico pode diagnosticar uma tromboflebite superficial apenas baseado nos seus sintomas e examinando a veia afetada. Mas na maioria das vezes são necessários exames complementares específicos, tais como: flebografia, ecodoppler a cores (Ultra-sonografia) e ressonância magnética.

Como se trata:
O tratamento só deve ser instituído por um especialista. Se a trombose é superficial, recomenda-se cuidados especiais, tais como aplicação de calor na área afetada, elevação das pernas e uso de antiinflamatórios não esteróides por um período de uma a duas semanas. Deve-se retornar ao especialista, a fim de avaliar a necessidade de tratamento cirúrgico.
Após o diagnóstico da TVP, pode ser necessário manter-se internado durante os primeiros dias, a fim de fazer uso de anticoagulantes injetáveis (heparinas). Esse tipo de medicação previne o crescimento do trombo e diminui o risco de embolia pulmonar.
Mais recentemente, e em situações selecionadas, o tratamento da TVP pode ser feito na própria residência do paciente, usando-se as heparinas de baixo peso molecular, em associação com anti-coagulantes de uso oral.



Quais são as complicações da TVP:

Imediatas ou agudas – a mais temida é a embolia pulmonar. O coágulo da veia profunda se desloca, podendo migrar e ir até o pulmão, onde pode ocluir uma artéria e colocá-lo em risco de vida.
Tardia – Pode apresentar a síndrome chamada Insuficiência Venosa Crônica, que começa com a destruição das válvulas existentes nas veias e que são responsáveis por direcionar o sangue para o coração, causando com isso, uma inversão e retardo do retorno venoso. O sinal mais precoce de IVC é o edema (inchaço), seguido do aumento de veias varicosas e alterações da cor da pele. Se o paciente não é submetido a um tratamento adequado, segue-se o endurecimento do tecido subcutâneo, presença de eczema e, por fim, a tão temida úlcera de estase ou úlcera varicosa.


Como se previne:

Em situações que seja necessário a longa permanência sentado(a), movimente os pés como se estivesse utilizando uma máquina de costura.
Quando estiver em pé parado, mova-se discretamente como se estivesse andando sem sair do lugar.
Antes das viagens de longa permanência, fale com seu medico sobre a possibilidade de usar alguma medicação preventiva.
Quando estiver acamado, faça movimentos com os pés e as pernas.
Evite fumar.
Use meia-elástica, caso o seu tornozelo apresente inchaço freqüentemente.
Não se automedique.
Se for necessária a utilização de hormônios, ou se você já foi acometido de trombose, ou ainda se existe história familiar de TVP, consulte regularmente seu médico.
Se for submetido a algum tipo de procedimento cirúrgico, ou internamento clínico prolongado, solicite do seu médico uma conduta profilática (química e ou mecânica, para reduzir os riscos de desenvolver a doença tromboebólica.

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Úlceras Varicosas

Úlceras Varicosas

O que é:
Conhecidas também como Úlceras Varicosas, decorrem de um transtorno na circulação de retorno das pernas – toda a circulação sanguínea de retorno ao coração é feita pelas veias. Cerca de 73% das úlceras de perna são de origem venosa e podem estar ligadas a uma série de causas, como:

Ferimentos infectados;
Doenças infecciosas;
Defeitos de glóbulos sanguíneos, como a anemia falciforme;
Doenças auto-imunes, como a esclerodermia;
Hipertensão arterial;
Má irrigação sanguínea da perna (úlceras isquêmicas);
Úlceras dos diabéticos;
Tumores de pele;
Úlceras venosas.


Quais são os sintomas:
Dor, cansaço, sensação de peso nos membros inferiores, edema, coceira nas áreas onde há inflamação da pele. Costuma ser pouco dolorosa, manifestando-se em casos onde há infecção associada, ou em pacientes hipertensos sem o controle adequado da pressão arterial.

Como é feito o diagnóstico:
Através de exame clínico, sendo algumas vezes necessário estudo detalhado da circulação venosa. A Flebografia ou Ecodoppler venoso, são alguns exemplos de exames para a execução do referido estudo.

Como tratar e prevenir:

Evitar ficar muito tempo em pé ou sentado durante o dia;
Sapatos altos;
Obesidade;
Exercícios com peso;
A pratica de exercícios, como por exemplo, caminhada, ciclismo, natação, porém sem excessos.
De acordo com o tipo de ulceração, se o paciente ficar em repouso absoluto, com as pernas elevadas, elas podem curar-se sem o uso de medicamentos. Uma das principais medidas é manter a ferida limpa. Atualmente, estão disponíveis vários tipos de curativos que agem mantendo a ferida fechada, mas qualquer um deles deve estar associado à compressão, feita por ataduras ou meias elásticas que, assim como os curativos, devem ser indicadas pelo médico especialista. Quando as úlceras são extensas e não existe infecção, pode-se fazer enxertia cutânea que, além de abreviar o tempo de cicatrização, permite maior resistência ao reaparecimento da úlcera. Em muitos casos de úlceras varicosas, pode haver a indicação de tratamento cirúrgico, depois de um estudo cuidadoso feito pelo médico especialista. Só devendo ser realizada após a cicatrização da úlcera ou quando já estiver totalmente isenta de material purulento.

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Varizes – Membros inferiores

Varizes – Membros inferiores

O que são varizes?
Varizes nos membros inferiores é uma doença circulatória muito frequente e se caracteriza pela dilatação permante e irreversível das veias superficias. Por tanto, as varizes não são veias obstruídas (entupidas) como frequentemente se pensa.

Qual a diferença de vasinhos (telangectasias) e varizes?
Os vasinhos são varizes de pequeno calibre e não se transformarão em varizes volumosas.

Qual a causa mais comum de varizes dos membros inferiores?
A causa mais comum das varizes dos membros inferiores é a hereditariedade.

Quais os sintomas provocados pelas varizes?
Podem ser totalmente assintomáticas (não provocar sintoma algum, fora o desconforto estético) ou podem provocar sensação de peso nas pernas, inchaço, dor e em casos mais graves, feridas (úlceras).

Usar salto alto ou cruzar as pernas provoca varizes?
Não está demonstrado que o uso de salto alto ou cruzar as pernas possa provocar varizes.

Como se faz o diagnóstico?
Na maioria dos casos o diagnóstico das varizes é clinico, mas às vezes só é possivel diagnosticá-las com o auxilio de ultrassonografia vascular (doppler).

Quais os tratamentos geralmente utilizados?
Existem dois tratamentos possíveis para eliminar as varizes: a cirurgia e a escleroterapia (esta última pode ser feita por vários métodos).
O uso de meias elásticas e medicações também podem aliviar os sintomas

Quais as complicações que as varizes podem provocar?
Abandonadas a sua própria evolução, podem provocar sérios problemas circulatórios, com aparecimento de feridas (úlceras), inclusive levando à incapacidade para o trabalho.

Posso prevenir o aparecimento das varizes? Como?
É muito difícil, se não impossível, prevenir o aparecimento de varizes nas pessoas que têm predisposição (tendência) familiar. Porém, pode-se adiar ou diminuir as chances do aparecimento evitando os fatores que além da hereditariedade favorecem o desenvolvimento da doença, como obesidade, tabagismo, sedentarismo e uso de alguns contraceptivos ou terapia de reposição hormonal nas mulheres.

Depois de tratadas, as varizes podem voltar?
As varizes tratadas (eliminadas) não voltam. Ocorre que por tratar-se de doença hereditária e por existirem inúmeras veias passíveis de adoecer , outras varizes poderão sugir ao longo da vida após o tratamento inicial.

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Varizes – Tratamento medicamentoso

Varizes – Tratamento medicamentoso

Existem medicamentos para o tratamento das varizes?

O tratamento das varizes através de medicamentos é empregado visando a melhora dos sintomas por elas provocadas, mas não são capazes de eliminá-las. De fato os medicamentos são uma parte do tratamento que habitualmente envolvem cuidados físicos, nutricionais, meias compressivas, escleroterpia e até cirurgia conforme o caso.

Que efeito posso esperar com o tratamento das varizes com medicamentos orais ou cremes?
Os medicamentos podem ser muito úteis para minimizar os sintomas provocados pelas varizes em determinadas fases da doença, como pernas cansadas, pesadas, e em especial o edema de natureza venosa. As medicações de uso local, tópico também pode trazer alívio a estes sintomas, assim como auxiliar no tratamento de “hematomas” e manchas roxas que, podem estar associadas. Portanto, não há como eliminar propriamente as varizes usando tais medicamentos.

Mesmo com o uso dessas medicações, os sintomas podem persistir?
Sim. Os sintomas dependem do estado em que se encontra a doença. A combinação de medidas é que vai proporcionar uma resolução adequada.

Podem existir contraindicações ao uso dessas medicações?
Boa parte das medicações utilizadas para o tratamento sintomático das varizes são de origem natural, mas como qualquer outra medicação, pode haver contraindicação, seja por intolerância aos componentes da fórmula ou pela concomitância de outras doenças.

Essas medicações precisam ser prescritas pelo médico?
Certamente. A indicação depende do conhecimento farmacológico da substância, interações e também da patologia da doença venosa em si. Portanto, o médico especialista em angiologia ou cirurgia vascular reúne o conhecimento necessário a uma indicação bem conduzida.

Uma pessoa com varizes precisa obrigatoriamente usar medicação a vida toda?
Não. O benefício do medicamento dependerá das condições da própria doença e do paciente em questão. Como os medicamentos são facilitadores do processo relacionado ao retorno venoso do sangue, este benefício ocorre em curto e médio prazo. Outras medidas não medicamentosas poderão assegurar a melhora obtida a longo prazo, tornando improvável a necessidade de uso por toda a vida.

Existe alguma medicação oral ou creme que posso usar para os vasinhos ou as varizes desaparecerem?
Não. Medicamentos orais ou tópicos contribuem para o tratamento sintomático das varizes, ou seja, não interferem no surgimento de novas veias nem na remoção das existentes.

O tratamento das varizes com medicamentos orais ou cremes pode ser utilizado em pacientes que já fazem uso de medicações por outras doenças?
Sim. Antes de prescrever o medicamento, o médico especialista deverá identificar através da história obtida na entrevista (anamnese) quais os medicamentos e verificar a existência de contraindicações potenciais. Após isto é possível avaliar a relação do risco e benefício para apoiar este uso.

O uso de medicamentos orais ou cremes exclui o tratamento com meia elástica, escleroterapia ou cirurgia?
Não. A escolha do tratamento depende de cada caso, porém o uso combinado de técnicas de remoção e medicamentos se complementam na maioria das vezes. Cada um destes meios tem objetivos diferentes que buscam a melhora global.

O tratamento com medicação oral ou creme pode ser necessário mesmo após uma cirurgia ou tratamento com escleroterapia?
Pode sim. Não é obrigatório que sejam sempre associados. A intenção é criar condições que favoreçam a recuperação e deem conforto físico e/ou psicológico após os referidos trata

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